Não posso almejar o título de ser um dos maiores fãs do senhor Joaquín Salvador Lavado Tejón, o "Quino". Não conhecia sua biografia completa, tampouco de todos os seus trabalhos. Porém, reconheço que o cartunista teve um impacto direto na minha formação e na minha vida. Sua obra me acompanhou em todas as fases da vida. Seus quadrinhos sempre me fizeram refletir e cruzaram meu caminho em momentos marcantes. Por isso, hoje, ao ver a notícia de sua morte foi impossível não se emocionar.
Quino é o "pai" da Mafalda. Personagem a qual tenho um carinho e apreço, assim como milhares pessoas pelo mundo tem essa relação afetiva. Assim, por meio de sua obra se conectou com pessoas de todos os cantos. Com seus traços e pela boca da Mafalda e sua turma levou seus pensamentos a milhares de lares. Quino impactou a muitos de uma forma sutil e certeira.
O cartunista, com sua personagem mais famosa pôs o dedo na ferida, quebrou paradigmas e demonstrou seu inconformismo com os rumos da humanidade . Ele denunciou as desigualdades, expôs a hipocrisia e as contradições do mundo. Tudo isso de uma forma simples, com apenas 1 ou 2 quadrinhos, com uma frase simples, trouxe reflexões tão profundas. Com certeza, o Quino e a sua Mafalda moldaram caráter de muitos ou pelo menos fez diversas pessoas colocarem a mão na consciência.
Quino deixou um legado. A Mafalda é um patrimônio latino americano. Os quadrinhos da Mafalda são o retrato da América Latina. Todo cidadão(cidadã) latino-americano(a) tem um pouco de Mafalda em si, quer queira ou não.
Gracias, Maestro! Sua voz está eternizada com sua "filha" Mafalda. Seu legado será eterno! Seus ensinamentos e questionamentos seguiram vivos.
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